terça-feira, 13 de julho de 2010

Ode às mãos!


Há no corpo esguio uma graça,
Uma pose, um magnetismo lindo.
No rosto, na pele branca levemente avermelhada,
um mistério de beleza suave.
Mas nas mãos não há nada.
Não há nada que se explique em rimas,
nada que se conheça em palavras.
Pois nessas extremidades longas e elegantes
residem os encantos discretos do teu ser.
Por toques suaves, tocas o mundo
com teu charme francês
e pele macia de alvura européia.
Alegres são os olhos aos quais tuas mãos tapam.
E feliz, o rosto à que elas pertencem.


Por: Rimini Raskin












segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sobre um passado no futuro


"Haverá um momento, no futuro, onde a presença não mais se fará presente.
É pra esse tempo que no peito trago um sentimento, e nele, todos vocês."

Por: Rimini Raskin

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A beleza pela beleza!! [2]




Por: Esmir Filho

Cartas a Quem Possa Interessar IV



Em que poço terá eu caído? Terá eu me desviado do caminho? Caminho traçado por jovens que nada sabiam da vida. Uma vida dita de possibilidades infinitas e grandes conquistas.

Que potes de ouro encontraremos a final?
Diga que permanecerei aqui, curioso a vislumbrar tal tesouro.

Uma vida ou duas são poucas para aprender sobre o viver e existir. E, talvez, a primeira lição seja justamente a ausência da tentativa do aprendizado.

Classificando coisas? Que coisas criaremos para a classificação?

Nesses dias em que o vizinho dorme para o trabalhar, eu, como e durmo para o sonhar. E quando meus pensamentos se desvanecem no inútil, lembro-me que não há nada mais inútil do que o rotulamento da utilidade.

Em que poços cairemos sem a reinvenção do viver?

Palpite:

Talvez, nos mesmos poços em que grandes conquistadores naufragaram seus navios. Em uma terra quadrada onde o mar acaba em abismo, o universo gira ao nosso redor; onde somos donos de algo o qual nem mesmo sabemos explicar a procedência.

E certezas? Somente duas. A ignorância vem do homem. A sabedoria, do desconhecido.