quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cantinho no mundo


Te busco em horas de tristeza.
Mas também em meus momentos de leveza
à teu encontro me lanço
com egoísmos líricos de fim de tarde.

Amo tuas sombras e tuas brisas confortantes.
Mas também tuas personagens ambulantes
de charmes eloquentes e estéticas retroativas.

És meu cantinho no mundo.
Um tesouro valioso que divido
apenas com almas sedentas,
que buscam em tua beleza
uma paz necessária!


Por: Rimini Raskin







terça-feira, 2 de novembro de 2010

Poema

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

Por: Cazuza / Frejat

Ensaio Sobre a Tristeza


Desconfio de todo tipo de felicidade que pese menos de 1g, mas frequentemente às aceito.
Me traí ao tornar-me uma criatura desejável e ajustada de forma doente ao teatro de aparências.
Não estou feliz, minha piada é química, meu groove é sincero mas a risada é fraudada!
Vejo corações seguindo novos caminhos, abraços afrouxando e sorrisos cada vez mais irreconhecíveis ... mas me sinto feliz, os vejo felizes e é isso que importa!
Só queria fechar os olhos e acordar no meu cantinho predileto do mundo!
Escrevendo, bebendo ... observando as personagens que sem pressa completam a noite!
Vejo o Esqueleto se tornar um rascunho da insanidade feia daquela que me habita e me destruo por isso.
E é triste como o sono, o dia de sol e as ruas de algodão cabem em algo tão pequeno quanto um comprimido.
É triste e é sujo ver toda arte arrastar-se por dedos cobertos de lama.
Me deixem ficar triste, e peço que não façam piadas sobre a voz que me consola e muito menos sobre as imagens que transporto.
Não lhes devo nada, e se devo, as linhas devem servir de satisfação!
Dói mais à noite...mas há de passar...
Como a água com sono, a água com luz e a água com algodão sob meus pés!

Por: Yuri Pospichil (e aquela que o habita)