terça-feira, 8 de outubro de 2013

Arya



Do Verbo meu verso deixado na porta do templo
onde mendigos com frio se cobriram
com o calor das linhas de luz
& no banco de pedra
morada de vagabundos que respiraram a vida 
soprada pelo vento da madrugada

O perfume da mente inundou a solidão
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Depois
caminharam
até mim de mãos
dadas a Lua e o Sol
e nada mais foi como antes
sob o brilho do nascedouro celeste

O vazio não acaba quando o nunca começa
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As crianças mudas e os velhos fragilizados
A Lua que sorri com humildade
& cães que morderam calcanhares maternos
na busca de suas ossadas prometidas
O Sol que lambe as franjas da montanha
O que existe e não é visto
 &
Depois disso
quem sobra?

Ilusão
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Pai
Mãe
O fruto adoecido
Podre
Caiu ao solo
Brotou na terra
Cresceu na luz
Bebeu da água do desconhecido
& saiu vivo
Porque aceitou
Que o que morre é dor e matéria

A boca cósmica engoliu o EU




Por: raskin