sábado, 23 de julho de 2011

Para um peito menor que as aflições


Lembrai que não há noite que não possa conhecer a luz
ou luz que não sucumba ao peso da escuridão.
Lembrai também que nem todo tormento do peito é eterno,
assim como tão pouco o riso de infinito se veste nos momentos de celebração.
Pensar em si mesmo é questão de ser sábio e não um sinal de egoísmo.
Improvável e impossível só existem em um mundo de vontades fracas,
E toda força do universo reside no perímetro entre teu corpo e tua mente.
Não se trata de crença, culto ou religião...
Trata-se de sentir dentro de si uma força tão devastadora
que por vezes parece que vai nos destruir o peito.
Compreende-la e transforma-la em equilíbrio é tua meta.
Mas lembrai, principalmente, que para curar,
há primeiro que se conhecer a cura e aplica-la no próprio coração.

Por: Rimini Raskin

quarta-feira, 6 de julho de 2011

B.T. (música)


É diferente olhar o muro e já não ver vocês
Pisar as pedras de um caminho que já se desfez
O vento quente que anuncia a tempestade
Ainda sopra um relato do que aconteceu
E desenha as nossas formas na calçada
Esperando ouvir de novo os velhos planos
E todos os danos que ainda entre nós não se podia prever

Elvis cantando no rádio e um funeral
Outra garrafa de vinho até o nascer do sol
As fronteiras que cruzamos numa tarde
Com um mapa e a nossa imaginação
Escrevendo nossa história em toda madrugada
Esperando ouvir do outro os velhos sonhos
E todos os enganos que ainda entre nós não se podia crer

Tentar juntar o que sobrou
Da noite que do céu caía fogo no infinito
Lembrar é só o que restou
Depois de tudo que se viu, falou e foi escrito

Impossível não lembrar do que passou
Quando sozinho me pergunto como tudo isso acabou...

Nem fantasmas somos hoje
Nem fantasmas do que fomos


Por: Rimini Raskin





Porque existem coisas e pessoas que merecem ser lembradas!