quinta-feira, 12 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Cantos de ar e água salgada V
Galatea of the Spheres, (1952), Salvador Dali
Vi teu corpo gaivota cruzar espelhos de mercúrio
nos entardeceres da nova terra.
Vi teus pés fincarem fortes no estômago monstruoso da areia fina
feito lanças de sonho em um paraíso moribundo &
modorrento onde cordeiro algum pastaria ao lado
de Leões.
Vi também tua cabeça de cavalo em rédeas de ventania
a lançar olhares de navegador em todas as direções
E o céu carregado de uma energia sexual concentrada
qual o ventre de uma deusa
-Que força maravilhosa é esta? -
Me perguntei.
"Mãe água & antigos mil nomes fui e ainda serei" -
Ribombou o trovão enquanto espalhava
seu fogo através do infinito em bandejas de prata.
"E tu, homem semente, vá e erga altares da mente em honra
dessa mãe esquecida e faminta que avistaste na praia"
Obedeci, amedrontado e perplexo como um menino
diante dos seios potentes da primeira mulher
Obedeci, amedrontado e perplexo como um menino
diante dos seios potentes da primeira mulher
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A poesia como holocausto
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