As esquinas gritam morte
As senhoras gritam morte
As pessoas de bem
Os carros
As beatas
Os besouros
Os séculos gritam morte
As avenidas
Alegorias
As maravilhas gritam morte
As armadilhas
O pensamento
O encabulamento
Até mesmo divindades gritam morte
As sirenes gritam morte
Os hospitais
Os edifícios
Os hospícios
Nas aleias
Nas plateias gritam morte
Nas cadeias
Nas tetas tristes das cadelas
Nas aldeias gritam: Morte!
Na polícia
Na política
Na tradicional família do sagrado coração
Se grita:
As senhoras gritam morte
As pessoas de bem
Os carros
As beatas
Os besouros
Os séculos gritam morte
As avenidas
Alegorias
As maravilhas gritam morte
As armadilhas
O pensamento
O encabulamento
Até mesmo divindades gritam morte
As sirenes gritam morte
Os hospitais
Os edifícios
Os hospícios
Nas aleias
Nas plateias gritam morte
Nas cadeias
Nas tetas tristes das cadelas
Nas aldeias gritam: Morte!
Na polícia
Na política
Na tradicional família do sagrado coração
Se grita:
MORTE MORTE MORTE MORTE MORTE
Até o dia
em que da boca suja
do poeta profeta
em uma tarde como esta
as coisas mais terríveis
já proferidas
jorrarem feito vômito quente
do estômago embrulhado
de um deus cão
em que da boca suja
do poeta profeta
em uma tarde como esta
as coisas mais terríveis
já proferidas
jorrarem feito vômito quente
do estômago embrulhado
de um deus cão
* Raskin