sábado, 1 de março de 2014

Plurivácuo ou O sermão da onda



não sou mar
definitivamente
não sou peixe

não sou céu
e não por acaso
não sou pássaro

não

não sou nada

e por querer ser tudo
e não ser nada
é que sou homem

- Raskin

*Pintura de René Magritte que cosmicamente coincidiu com meu singelo poema.




2 comentários:

  1. Muito bom. Definir o que é o homem e o que somos, em poucas linhas, com ironia não agressiva, mas também não passiva, é fazer surgir a sutileza poética nas linhas. Faz parecer ser simples, quando não é. Isso é mágico.

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  2. Acho que a pintura estava à espera de um poema a altura dela. Magnífico meu caro, me impressiona o seu estilo, realmente, sentia falta de poetas com coragem, new beat total.

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