sexta-feira, 11 de março de 2016

Uma aranha

Na garganta  do poeta
      uma sufocante aranha negra
que desliza devagar, mas nem tanto...
      Um imenso exoesqueleto
aninhado na traqueia
      tecendo uma teia [que de tão longa]
alcançaria o inferno...

Uma escada,
um fio fino e frio
trazendo à tona
os antigos demônios da criação

-Raskin

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