quinta-feira, 12 de novembro de 2009

!Yuri



Calor!
Se tivesse que escolher uma palavra para definir o que sinto, seria: Calor!


Mas não é sobre definições que quero falar.
Bom, de certa forma é sim. Mas não quero definir o mundo, nem os sentimentos nem nada desse tipo. Quero definir a mim mesmo, ou pelo menos tentar. Vai ser assim então, Yuri por ele mesmo. Primeiro fato importante, Yuri tem noção de que não é a pessoa mais fácil do mundo, sabe que está sempre se esquivando ou criando obstáculos entre ele e as pessoas de bom sentimento. Não descreveria como medo de ser amado, nem como sadismo. Tem pessoas que acham o jeito dele, de certa forma sádico, ele permite uma aproximação mas escorrega quando bem entende. Yuri não é um cara ruim, ele só é estranho. Sempre gostou de criar a dúvida, de viver do jeito que gosta, mesmo que esse jeito mude semana que vem. No final o importante sempre vai ser viver à própria maneira. Yuri não gosta do tédio, nem gosta de amigos que não se permitem rir alto ou beber nos fins de semana. Yuri odeia quem não fala palavrão. Quando se sente triste, ele simplesmente se afasta para não contaminar quem ama, isso sim seria sadismo. Não gosta que o vejam triste, nem gosta de pessoas amargas. Yuri gosta de vida. Ele faz um número incontável de merdas, a maior delas com certeza é ser sincero, mas ele não muda, nem adianta pedir. Yuri é o tipo de pessoa que fica entre o cara de óculos da biblioteca e o mendigo da calçada. Ou seja, entre esses dois extremos ele pode ser e é quem ele quiser. Ele é romântico, safadamente romântico, algo entre Gondry e Tinto Brass. Yuri não tem vergonha de ser quem é, apesar de reservar seus segredos apenas para quem merece. Gosta de cinema, gosta de música, gosta de literatura, gosta da beleza seja ela qual for. Não é um grande escritor, não se prende à regras, não tenta impressionar, não tem pretensões, nem na literatura nem em nada. Gosta de personagens, gosta de se enxergar como um personagem. Explora a própria dor por detestar quem explora a dor alheia. Porém Yuri como qualquer ser humano também causa dor, carrega nas mãos mais sangue do que gostaria, apesar de não sentir vergonha disso também. As vezes quer ser Tyler Durden, mas lhe falta coragem, outras vezes quer ser Dalai Lama, mas tem muita sujeira na mente para isso. Acho que Yuri seria um perfeito Martin Romaña. Corajoso demais para uma pessoa comum e covarde demais para os revolucionários peruanos. Yuri é apenas o cara que está do teu lado, ele não finge, só não sente necessidade de ser o mesmo para todo mundo. É o cara que levaria um tiro por quem ama, é Amir buscando redenção, é Benjamin C. com o diabo na cabeça, é uma verdade lascerante vinda da ponta da pena de Nieztsche, é a mentira necessária, o remador preguiçoso, é Theo, é Isabelle, é Guevara ofegante na floresta, é nada, é nada, é nada, é tudo e não é nada, é mais do que precisa e menos do que gostaria, é escada de degrau único, porta que leva para o mesmo lugar, é presente eterno, ele é, ele é, ele está e ele é...

Caos!

Se tivesse que escolher uma palavra para definir o que sinto, seria: Caos!


Por: Yuri Pospichil

4 comentários:

  1. meu amigo!!!!!!!!!
    te ler é sempre um prazer inenarável!!!!!!!!
    Queria te dizer muitas coisas...rs...
    e vou dizê-las, mas não aqui, não aqui :)
    uma palavra pra te definir?
    CALOR!!!
    e como gosto de dizer
    com e sem :))

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  2. "Sempre gostou de criar a dúvida, de viver do jeito que gosta, mesmo que esse jeito mude semana que vem"

    Isso é maravilhoso Yuri. Chama-se Permitir-se! É não se enformar em um molde qualquer de uma época que pouco importará.
    É ser um ser que transcende ao tempo. É ser atemporal, mesmo que dentro de um curto espaço de tempo.

    "Gosta de personagens, gosta de se enxergar como um personagem"

    Quem sou eu para julgá-lo? Gosto de me enxergar como personagem de meu próprio filme. Por que pra mim, a vida é um longa metragem bem grandão, cheio de dramas, romances, aventuras, terror, e ficções. estamos sempre em vários papéis. As vezes somos os mocinhos, as vezes as mocinhas, as vezes os vilões. As vezes somos figurantes...

    "Corajoso demais para uma pessoa comum e covarde demais para os revolucionários peruanos."

    Na verdade. Comum. Com mais força do que se imagina, e bem menos forte do que se espera. Oscilante, como todos. As vezes nos vemos como os únicos, mas não conhecemos o interior alheio. Imaginamos, mas não conhecemos. Logo, existem milhares como nós, e não notamos e talvez jamais notaremos.

    "ele está e ele é...
    Caos!"

    Yuri não é caos. Yuri está Caos. Não somos. Estamos. E isso deve-se ao fabuloso fato de quê somos mutáveis. Não somos um, mas muitos. E Caos, é apenas uma das formas que te encontras. Pois não estás só caos neste momento. Estás muitas outras coisas mais. No fundo tu sabes.

    SOBRE O POST:

    Por pouco não postamos o mesmo tipo de post. Faz dois dias q penso seriamente em fazer um post decrevendo-me. Talvez tua iniciativa, ainda que caótica, mas linda, me incentive a pensar um pouco sobre minhas próprias descrições.

    Take care!
    Te adoro.

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  3. "Do Calor ao Caos" com Yuri Pospichil

    Huashuash! =]

    Já venho acompanhando seu blog a um tempo, mas parece que tudo q vou comentar soa tão vazio perto dos teus posts e dos outros coments q perco a vontade =/

    Mas enfim, tô criando vergonha na cara pra dizer "awe, parabéns pelo blog o/" rsrsrs =]

    Gostei da idéia da auto-descrição. Como sou um ser invejoso vou copiar sua idéia rsrs *___*

    Abraços! =]

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  4. Muito bom todos os comentários.
    Fabí, estou esperando para ouvir o que queres me falar! rsrs
    Robson sempre dissecando minhas linhas de forma minuciosa e sempre dando opiniões que me ajudam muito.
    E srta. Érica Saez, muito honrado com a tua presença, espero que continue comentando sempre que quiser, quero ler tua auto-descrição também, até porque sou um ser bisbilhoteiro e sempre dou uma espiada no teu blog!! hehehe...gosto muito do que escreves.

    Abraços a todos!!

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