domingo, 16 de janeiro de 2011

Preciso Tentar


Quando lembro de quem costumava ser,
escondo o rosto no espelho.
Envergonho-me do que à muito tempo ousei provar.
E pergunto à mim mesmo quem acredito enganar
com essas novas aspirações à bom menino.

No fundo da cela alguém rí do que se tornou.

Olha em volta e vê o mundo novo que criei!
A nova vida cheira à plástico quente
como brinquedos recém saídos da caixa.
Matei o lado escuro e afoguei o diferente
para entregar-me à força.

À minha própria força!

Confesso os antigos pecados
com um misto de receio e pudor.
Sensações que multilaram o orgulho sádico de outrora.
Uma máscara que cala a confissão tranquila
Ou pelo menos que me tira a liberdade
de duvidar das próprias incertezas.


Há um novo som ensaiando inundar o peito;
Espero que não seja uma canção de adeus.

Pois até os vizinhos antigos usam novos nomes
e gritam mandamentos de suas janelas.

"...Anestesia é o contrário da paixão!
Normalidade é o carrasco do lirísmo!
Esforço é o assassino do instinto!
Mas só o amor é inimigo do amor!..."

Boa hora para lembrar de esquecer!



Por: Rimini Raskin

2 comentários:

  1. "...Anestesia é o contrário da paixão!
    Normalidade é o carrasco do lirísmo!
    Esforço é o assassino do instinto!
    Mas só o amor é inimigo do amor!..."

    Tirastes isso de algum lugar que n seja a tua mente?

    Simplesmente resume as coisas.
    Espetacular!

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  2. Totalmente tirado desse buraco escuro e sem fundo que é a minha mente!! haha

    Obrigado pelas palavras Rogers!! ^^

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