segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cantos de ar e água salgada II



Sal sob a pele
mesmo depois de mil banhos
e doloridos quinhentos quilômetros de asfalto
O chão do quarto repleto de escamas
não acalma minh'alma como o oceano
um dia acalmou

Mágoas e mágoas
à léguas de serem resolvidas
Tristes baleias flutuando na orla
antes de encalharem chorosas
no meu peito arpoador

Água salobra à inundar os pulmões
outra vez...nunca mais


-Raskin

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