quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sacolas ao vento e a coisa toda



- Tum...Tum...Toc...Psss...Tum...Toc...TumTum -

É, meu amigo - o universo treme como uma taquara.
Na cabeça das senhoras, nas mãos dos empresários fonográficos.
As baleias, as anêmonas do mar, nossas mães.
Pescadores em algum lugar do Atlântico sonhando com as namoradas

- Tum...Toc...Brrrr...Tis -

É inútil querer saber.
E quem mentiu para o primeiro homem?
E antes dele? Quem mentiu para Deus?

- Rá...Rá...Rá -

Quem mentiu? Deus?
O grande vazio, a vacuidade libertadora.
Gurias de 17 anos com seus vestidos-milk shakes-lábios frios de fantasia.
Um calor infernal, esquife de fogo na realidade modorrenta da cidade pequena.
Um paredão de nuvens alvoescurecidas, montanhas macilentas erguendo-se imponentes no céu azul celeste para anunciar o apocalipse necessário de vento e dilúvio onde anjos liquefeitos escorrerão lânguidos sobre telhados e cabeças de cachorro sem que ninguém lembre de agradecer a destruição que alivia o sono de alguns em troca da insônia de outros. Afinal, mais uma vez a Natureza podará seus galhos enquanto envia a conta sobre os reinos imaginários da humanidade.

- E será sempre difícil para os homens agradecerem o que lhes escapa à compreensão -

Por isso já peço agora em minhas preces para quando eu me for que um desejo me seja concedido e que eu possa voltar peixe, de mar ou de rio - isso para mim tanto faz - Só quero é nadar nadar NADA MAIS


Por: Raskin









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