quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vontade Própria



Das coisas que não fiz
Dos muitos que não fui
Das noites que esqueci
Nem ligo mais
Se não for, foi por que eu quis


Por: Raskin

2 comentários:

  1. É um arrependimento que não deveríamos ter, visto que para ser diferente deveria se ter a chance de escolher duas ou mais vezes caminhos diversos em um mesmo momento no tempo e espaço. É um arrependimento que não deveríamos ter por saber que não é possível viver bilateralmente coisas e escolhas diferentes. O bravo é que, mesmo sabendo disso, ainda me pego as vezes pensando o quanto eu gostaria de ter podido me partir em dois a cada bifurcação que encontrei até hoje. Talvez seja por isso que não poderemos ser plenos e completos nunca. Que na próxima vida, se houver, eu nasça então uma árvore, imponente com suas várias ramificações.

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    Respostas
    1. Lembrei do meu poema preferido do Neruda

      Muda é a força (me dizem as árvores)
      e a profundidade (me dizem as raízes)
      e a pureza (me diz a farinha de trigo).
      Nenhuma árvore me disse:
      “Sou mais alta que todas”.
      nenhuma raiz me disse:
      “Eu venho de mais fundo”.
      E nunca o pão me disse:
      “Não há nada como o pão”.

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