É um arrependimento que não deveríamos ter, visto que para ser diferente deveria se ter a chance de escolher duas ou mais vezes caminhos diversos em um mesmo momento no tempo e espaço. É um arrependimento que não deveríamos ter por saber que não é possível viver bilateralmente coisas e escolhas diferentes. O bravo é que, mesmo sabendo disso, ainda me pego as vezes pensando o quanto eu gostaria de ter podido me partir em dois a cada bifurcação que encontrei até hoje. Talvez seja por isso que não poderemos ser plenos e completos nunca. Que na próxima vida, se houver, eu nasça então uma árvore, imponente com suas várias ramificações.
Muda é a força (me dizem as árvores) e a profundidade (me dizem as raízes) e a pureza (me diz a farinha de trigo). Nenhuma árvore me disse: “Sou mais alta que todas”. nenhuma raiz me disse: “Eu venho de mais fundo”. E nunca o pão me disse: “Não há nada como o pão”.
É um arrependimento que não deveríamos ter, visto que para ser diferente deveria se ter a chance de escolher duas ou mais vezes caminhos diversos em um mesmo momento no tempo e espaço. É um arrependimento que não deveríamos ter por saber que não é possível viver bilateralmente coisas e escolhas diferentes. O bravo é que, mesmo sabendo disso, ainda me pego as vezes pensando o quanto eu gostaria de ter podido me partir em dois a cada bifurcação que encontrei até hoje. Talvez seja por isso que não poderemos ser plenos e completos nunca. Que na próxima vida, se houver, eu nasça então uma árvore, imponente com suas várias ramificações.
ResponderExcluirLembrei do meu poema preferido do Neruda
ExcluirMuda é a força (me dizem as árvores)
e a profundidade (me dizem as raízes)
e a pureza (me diz a farinha de trigo).
Nenhuma árvore me disse:
“Sou mais alta que todas”.
nenhuma raiz me disse:
“Eu venho de mais fundo”.
E nunca o pão me disse:
“Não há nada como o pão”.