domingo, 16 de novembro de 2014

Verso Solto



tantos
versos
entre as
muralhas
de Netuno
e os olhos
da lua
sobre
a pele
de quem
sobrevoa
os traços
e as cores
do mundo
no cotidiano
de Saturno
e seus dias
curtos
há tantos
versos
nas vogais
de Corsino
as esquinas
os morros
a costa
das ilhas
entre as
verdades
e as janelas
o outro
verso
de outra
língua
e a mesma veste
da minha língua
fundidos
orbitais barbitúricos
em córtices associativos
da grande mente universal
vermelho-pulsante
tendendo sempre
por ceder
uma outra vez
ao doce estranho
que o complete
que faça ser
que seja feito
incompleto
ou imperfeito
mas tece feito teia
corre feito veia
verso feito maré
feito espuma
verso que se é
feito bruma
verso que voa
verso que pousa
da língua que fala
do olho que ousa.

- Por Pedro Rieger, Yuri Raskin Pospichil e Sillas Henrique

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