quarta-feira, 6 de abril de 2011

Em Miami o Horror é não dançar!

Vou fugir um pouco do padrão do Esqueleto nesta postagem.
Quem acompanha o blog sabe que raramente escrevo sobre uma ocasião especial, mas as vezes se faz necessário narrar certos acontecimentos.
Os australianos do Miami Horror (por isso o trocadilho infeliz do título) estão fazendo uma mini turnê pelo Brasil e Porto Alegre (mais especificamente o Porão do Beco; famosa casa de festas do underground da capital gaúcha) foi um dos destinos.
To explicando mas sinto estar fugindo do assunto em sí, por isso vou tentar ser mais dissertatívo e direto, apesar de estar etilicamente alterado.
O fato é, pela primeira vez na minha longa vida eu ganhei uma promoção que não fosse a do palito de picolé dando direito à outro Fruttare de limão.
Sem muita pretensão decidi responder uma pergunta qualquer no site sobre a banda e ganhei um ingresso pro show.
Fiquei feliz e um pouco decepcionado por não ter uma companhia que se motivasse a pagar R$ 60,00 para ver uma banda que apareceu "ontem".
Mas depois de pensar um pouco, liguei o "foda-se", tomei um banho, catei uma roupa qualquer e rumei para a AV. Independência.
Lá, as mesmas ruas, mesmas luzes e mesmas prostitutas continuavam nas mesmas esquinas que sempre passo quando quero beber e dançar ao som das pick ups dos meus DJs favoritos.
Não havia fila e apesar da demora em acharem meu nome na lista a espera foi muito pequena.
A banda que prometera entrar no palco até 22:30 hrs entrou as 23 hrs, o que pouco importa pra um desempregado sem pressa como eu.
Lá dentro começa a parte difícil de descrever, posso começar dizendo que estava bêbado depois das 3 cervejas que tomei logo de começo, talvez na esperança de me soltar e conseguir aproveitar sozinho algo que até então era um mistério.
Mas acabaram sendo inúteis, cada cerveja foi completamente inútil e desnecessária.
Ninguém precisa de álcool para dançar diante dos grooves espaciais e elegantes tocados pelos "oceânicos" do Miami Horror.
Entre curtas e carismáticas frases em português, a banda presenteou rítmo e deu uma aula de competência musical para os pouco mais de 300 espectadores.
"Baterias syncadas, teclados à lá French House, baixos groovados, guitarras ora funkeadas ora distorcidas e vocais impecáveis misturados com uma energia contagiante." - É assim que defino o show do Miami Horror afinal, a maior revelação da Austrália do final da década passada.
Me senti como se a banda estivesse tocando na minha festa de aniversário.
Mas agora chega, to bêbado e morrendo de sono em plena madrugada de quarta feira. Porém, animado por saber que irei dormir satisfeito por tudo que ví, ouví e dancei na noite passada!

Por: Yuri Pospichil

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