Queria poder pisar aquelas noites novamente.
Queria poder sentir o cheiro do vinho barato e as estrelas incandescentes!
Queria também poder rir com os mesmos sorrisos,
e acima de tudo queria poder olhar-nos lado a lado outra vez.
Todos caminham, o mundo caminha e nós também não poderiamos ter deixado de caminhar.
Mas o que realmente faz falta não são as noites de astrologia atormentadas pelos mosquitos.
Nem as tardes de conversa fiada, nem mesmo o frio solidário e nunca solitário.
O que realmente faz falta é o simples fato de poder sonhar juntos.
Lembrar é o que me faz olhar para o céu no inverno.
Me faz voltar no tempo ao sentir o vento quente de tempestade tocar o rosto.
Éramos nós três, vocês lembram?
Eu sei que lembram, e sei também o quanto lamentam o destino.
Lembram da kombi?
De como os planos eram feitos?
E de como ele foi agregando outros grandes amigos igualmente arrancados pelo tempo?
Era nossa calçada!
Éramos nós os donos da noite.
Juntos pela tragédia e fortificados pela amizade e pelo mistério.
Quando foi a última vez que olharam o sol nascer com alegria de verdade no rosto?
Hoje não somos mais do que três partes carregadas de lembrança.
Sinto falta de cada um como de um todo.
Fomos irmãos de verdade.
Nos separaram com crueldade.
Pisando as mesmas ruas sozinho eu posso ver as sombras.
O vento quente ainda suspira por ai a nossa lenda.
E o velho muro lamenta nossa falta.
Os três inseparáveis.
Vocês foram meus verdadeiros heróis da adolescência.
Sejam felizes onde estiverem.
Por: Yuri Pospichil
Queria também poder rir com os mesmos sorrisos,
e acima de tudo queria poder olhar-nos lado a lado outra vez.
Todos caminham, o mundo caminha e nós também não poderiamos ter deixado de caminhar.
Mas o que realmente faz falta não são as noites de astrologia atormentadas pelos mosquitos.
Nem as tardes de conversa fiada, nem mesmo o frio solidário e nunca solitário.
O que realmente faz falta é o simples fato de poder sonhar juntos.
Lembrar é o que me faz olhar para o céu no inverno.
Me faz voltar no tempo ao sentir o vento quente de tempestade tocar o rosto.
Éramos nós três, vocês lembram?
Eu sei que lembram, e sei também o quanto lamentam o destino.
Lembram da kombi?
De como os planos eram feitos?
E de como ele foi agregando outros grandes amigos igualmente arrancados pelo tempo?
Era nossa calçada!
Éramos nós os donos da noite.
Juntos pela tragédia e fortificados pela amizade e pelo mistério.
Quando foi a última vez que olharam o sol nascer com alegria de verdade no rosto?
Hoje não somos mais do que três partes carregadas de lembrança.
Sinto falta de cada um como de um todo.
Fomos irmãos de verdade.
Nos separaram com crueldade.
Pisando as mesmas ruas sozinho eu posso ver as sombras.
O vento quente ainda suspira por ai a nossa lenda.
E o velho muro lamenta nossa falta.
Os três inseparáveis.
Vocês foram meus verdadeiros heróis da adolescência.
Sejam felizes onde estiverem.
Por: Yuri Pospichil