Ah, poeta!
Ainda lembro de nosso primeiro encontro.
E como poderia esquecer?
Era inverno. Lembra, poeta?
Lembra como a chuva da manhã deixou sujos os meus sapatos?
Como a pouca luz da sala fazia de todos nós fantasmas?
Eu era uma criança ainda.
Tinha em mim todos os sonhos e todos os medos do mundo.
E tu, poeta?
Ah, tu tinha todos eles também.
Todos guardados em suas linhas.
Como meus olhos brilhavam com as tuas histórias.
Me imaginava pisando vulcões à teu lado,
sentindo o cheiro úmido das florestas.
E muitas vezes podia jurar que a água do mar tocava os meus pés.
Lembro como o cheiro do metal conquistador e assassino me chegava às narinas da imaginação.
Como chorava ao ouvir de ti a realidade do pobre mineiro
com sua face queimada pelo salitre impiedoso.
Lembro das lições sobre o amor e a igualdade.
Lembro das manhãs na tua companhia,
aprendendo a também falar a língua dos rios.
De como me falavas da tristeza ao ver a maldade no coração do homem.
De como me narrava os feitos de heróis de verdade,
de carne e osso e coração.
Ah, poeta!
De ti roubei palavras para toda uma vida.
De ti roubei os mares, as lutas, as raízes e os sonhos.
Em tuas linhas vivo e não vivo em vão.
E tu, poeta,
daquela criança
roubaste o coração.
Por: Rimini Raskin
Ainda lembro de nosso primeiro encontro.
E como poderia esquecer?
Era inverno. Lembra, poeta?
Lembra como a chuva da manhã deixou sujos os meus sapatos?
Como a pouca luz da sala fazia de todos nós fantasmas?
Eu era uma criança ainda.
Tinha em mim todos os sonhos e todos os medos do mundo.
E tu, poeta?
Ah, tu tinha todos eles também.
Todos guardados em suas linhas.
Como meus olhos brilhavam com as tuas histórias.
Me imaginava pisando vulcões à teu lado,
sentindo o cheiro úmido das florestas.
E muitas vezes podia jurar que a água do mar tocava os meus pés.
Lembro como o cheiro do metal conquistador e assassino me chegava às narinas da imaginação.
Como chorava ao ouvir de ti a realidade do pobre mineiro
com sua face queimada pelo salitre impiedoso.
Lembro das lições sobre o amor e a igualdade.
Lembro das manhãs na tua companhia,
aprendendo a também falar a língua dos rios.
De como me falavas da tristeza ao ver a maldade no coração do homem.
De como me narrava os feitos de heróis de verdade,
de carne e osso e coração.
Ah, poeta!
De ti roubei palavras para toda uma vida.
De ti roubei os mares, as lutas, as raízes e os sonhos.
Em tuas linhas vivo e não vivo em vão.
E tu, poeta,
daquela criança
roubaste o coração.
Por: Rimini Raskin
O próprio Neruda diz em um de seus sonetos tudo aquilo que sentimos ao ler os seus versos:
ResponderExcluir"Te amo sem saber como, nem quando, nem onde
Te amo diretamente , sem problemas , nem orgulho
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira"
Então,Nerudinha, muito obrigada por fazeres parte da minha história. Da história do Pospichil que escreve lindos poemas e da história de tantas pessoas que se inspiram em ti!!!!