domingo, 12 de julho de 2009

SEGREDO


Não me olhe com esses olhos que não posso roubar,
Muito menos me sorria com essa boca que nunca beijarei.
Tuas zombeteiras provocações me machucam mais do que imaginas.
Sofro por saber que em cada gesto existe uma verdade deliciosa,
Um prazer raro que não posso tocar.

Não te reconheço quando estamos cercados.
Ou será que na realidade não conheço-te quando estamos a sós?

Não exibas este corpo de alvura provocante.
Muito menos me toques com essas mãos que não posso segurar.
Tuas palavras de criança levada, adquirem um tom quase celestial combinadas com teu rosto de anjo renascentista.
Não imaginas como me enlouqueces durante os sonhos.
Uma loucura de proibida atração.

Como ririas de mim se soubesses que já chorei por tua ausência.
Como te divertirias se ouvisses de minha boca essas palavras.
Mas como posso resistir a tua beleza enigmática?
À essas brincadeiras de dizer a verdade?

Teu encanto é eterno como o de Dorian Gray e tua beleza divina como a de Afrodite.
Mesmo que nenhum outro o aches, eu o acho.
Por isso guardarei só para mim essa obssessão.
Só peço-te que não deixes de provocar-me.
Pois mais doloroso do que ver-te torturar-me, seria não mais te ver.

Por: Rimini Raskin

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