O que realmente te faz ficar?
O que te impede de sair?
O conforto? A família?
Ou o desconforto é que se torna banal ao ponto de virar rotina?
Quem tu realmente é?
O que almeja provar?
Quer ser feliz? Quer ser planura?
Ou simplesmente já nem lembra o que, por quê, e em quem se pode encontrar a cura?
De repente nos ditaram regras, nos apresentaram cartas.
Nos fizeram aceitar e acreditar que é necessário escolher um lado.
Só não lembraram que somos pessoas,
E que não escolher, também é uma escolha.
Nos mandaram ganhar dinheiro.
Nos fizeram viver de acúmulos.
De carreiras, de status, sobrenomes...
De fronteiras, de trabalhos e consumo.
Não é real!
Não é se não aceitarmos que seja.
Afinal, esse conforto é garantia de leveza, ou não?
O menino rico se joga do prédio...
Mas o que não sabíamos, é que ele já havia morrido muito antes de chegar no chão.
Não é real!
Mas continua sendo porque nos fazem acreditar que seja.
Nos jornais e nas telas iluminadas da hora do jantar.
Nos captam e decaptam...
Andamos e andamos sem saber por que andar.
Morar virou privilégio de poucos...
Construímos muros e erguemos nossas cercas até quase o céu.
Trancafiamos nossas portas de aço e ativamos a bateria anti-aérea.
Tudo isso porque nos falaram que lá fora mora um monstro...
Um inimigo com dois braços e um par de pernas,
Uma besta horrenda com cabeça, dois olhos, nariz e boca vermelha.
E agora aqui estamos nós, presos.
Por medo de um demônio tão familiar, que nos mata de susto quando olhamos no espelho.
Por: Rimini Raskin
O medo do demônio no espelho finalizou bonito! Parabéns, muito bom mesmo!
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