(...) A televisão falou algo sobre uma chuva de meteoros que acontecerá hoje à
noite, a maior dos últimos não sei quantos anos. Ela não mentiu. Talvez tenha
mentido sobre ser a maior. Ou não, afinal não lembro de nenhuma outra antes dessa. Se vocês dois ainda estivessem aqui assistiríamos a tudo, acampados no
morro, disso bem tenho certeza. Fiquei na janela, apoiado no parapeito oxidado,
estático, observando como as pedras do espaço se dissipam ao entrar no mundo
que erroneamente chamamos de nosso. Tem-se de ser realmente muito grande para
sobreviver a essa atmosfera venenosa. Tem-se de ser realmente muito forte para
penetrá-la e deixar uma marca bem grande no chão. Poucos conseguem, a maioria
vira poeira. E depois que o vento do tempo sopra, nem isso. (...)
Por: Rimini Raskin
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ResponderExcluirComo de praxe, trago para a vida real. E realmente, nem sempre que nos dizem que é a maior chuva de meteóros, a que vai acontecer, precisa ser.
ResponderExcluirE, o que passa pela vida, precisa mesmo ser muito forte pra não virar poeira.
Muito bom mesmo!
Faz certo em trazer para a vida real, afinal, tudo que está aqui é sobre ela e nossas tentativas de deixar uma marca antes que o vento da história nos varra a todos. Temos a missão de ser os meteoros causadores da extinção dos dinossauros do nosso tempo, pois ao contrário do que a TV possa dizer, nunca existirá certeza nos fatos, senão tentativas.
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