Ela era loira e alta e tinha um riso um pouco vulgar, no sentido gostoso.
Tinha sapatos bonitos e roupas de adolescente.
Tinha malicia e achava engraçado me enganar.
Ela era desbocada, era olhos azuis esverdeados de água do mar,
era cheiro de ano quente e bronzeador e melão em flor.
Ela não era minha no começo, nem no meio foi, tão pouco ao final.
Apaixonada por um homem que não era eu,
Mas depois de um tempo isso pouco importava.
Eu, tão aprendiz, aprendi que não poderia tê-la no sentido de pertence,
não era uma jóia antiga ou prataria de familía, era loira com uma estrela no cabelo e unhas afiadas.
Era meu pouso, meu choro e outras vezes o dela.
Era minha cama na volta da escola com The Libertines tocando na TV.
E depois era casa, minha cama de solteiro e sono de desejos saciados.
Gostava quando me esperava na porta e eu não precisava bater na janela,
Nem pular por cima dos carros para não apanhar do irmão mais velho que morava nos fundos.
Gostava de vê-la caminhar no escuro, com a luz que vinha da cozinha clareando meio corpo;
E meio sorriso voltado me convidando para tomar um banho antes do jantar
de macarrão instantâneo e vinho doce de boteco.
Podíamos beber na calçada e falar todas as sacanagens que quiséssemos sem precisar chamar de amor,
Ir ao cinema e morrer de rir com o tesão dela por Jesus Cristo.
Isso antes de eu me tornar o messias com uma garrafa de vodka com coca-cola e mordidas nas costas.
Lembra quando joguei fora os teus cigarros e tu me deu um soco por eu passar cantadas na coloninha?
Era uma grande amiga, do tipo que poucas vezes se pode ter,
Um pouco louca, um pouco traumática, como só as mulheres podem ser.
Mas agora olhe pra nós!
Ainda consegue me reconhecer?
Preciso muito que me diga...
...Pois faz muito tempo que nem eu mesmo consigo...
Tinha sapatos bonitos e roupas de adolescente.
Tinha malicia e achava engraçado me enganar.
Ela era desbocada, era olhos azuis esverdeados de água do mar,
era cheiro de ano quente e bronzeador e melão em flor.
Ela não era minha no começo, nem no meio foi, tão pouco ao final.
Apaixonada por um homem que não era eu,
Mas depois de um tempo isso pouco importava.
Eu, tão aprendiz, aprendi que não poderia tê-la no sentido de pertence,
não era uma jóia antiga ou prataria de familía, era loira com uma estrela no cabelo e unhas afiadas.
Era meu pouso, meu choro e outras vezes o dela.
Era minha cama na volta da escola com The Libertines tocando na TV.
E depois era casa, minha cama de solteiro e sono de desejos saciados.
Gostava quando me esperava na porta e eu não precisava bater na janela,
Nem pular por cima dos carros para não apanhar do irmão mais velho que morava nos fundos.
Gostava de vê-la caminhar no escuro, com a luz que vinha da cozinha clareando meio corpo;
E meio sorriso voltado me convidando para tomar um banho antes do jantar
de macarrão instantâneo e vinho doce de boteco.
Podíamos beber na calçada e falar todas as sacanagens que quiséssemos sem precisar chamar de amor,
Ir ao cinema e morrer de rir com o tesão dela por Jesus Cristo.
Isso antes de eu me tornar o messias com uma garrafa de vodka com coca-cola e mordidas nas costas.
Lembra quando joguei fora os teus cigarros e tu me deu um soco por eu passar cantadas na coloninha?
Era uma grande amiga, do tipo que poucas vezes se pode ter,
Um pouco louca, um pouco traumática, como só as mulheres podem ser.
Mas agora olhe pra nós!
Ainda consegue me reconhecer?
Preciso muito que me diga...
...Pois faz muito tempo que nem eu mesmo consigo...
Por: Rimini Raskin
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