Os distúrbios da maquinaria do dia roendo meu nariz causando convulsão em meus ouvidos.
Germes agrupando-se em meus poros & pêlos & pernas que jamais serão amputadas.
A Cidade é cosmopolita – os carros do caos atropelam a vizinhança toda.
Cerne do firmamento – nosso habitat ainda natural – instintos animais não extintos.
Meus intestinos não se adaptam a confusão de frituras, congelados & carnes empapadas ensopadas de sangue venoso.
Eu cuido deste túmulo que eu durmo e ronco até ficar rouco –
locomovido por loucos motivos que me desloca para locais inóspitos que de certa forma me agradam.
Intocado na toca na oca da tribo atribulada triturada por essa sociedade civil desgraçada!
eu não sou como você pensa, como eles pensam, como vocês pensam, como todos nós todos pensamos!
Tenho todos os requisitos para viver em comum paz superior com aqueles que almejam a serenidade –
pois passei todos os meus dias semanas meses anos horas dedicados a consulta e a idolatria dos ensinamentos de Allen Bob Dylan Thomas,
e digo. sim. e confirmo tudo que aprendi fielmente.
As faculdades mentais não me anulam – as faculdades mentais me informalizam ao mundo secreto dos belos e ignorados.
Oh Lua me diviniza! como fizeste perfeitamente aos meus bravíssimos ídolos!
Ponho meu anel de rubro rubi folheadourado escrevo & decanto & declamo para os meus amores únicos & solitários.
Sonho que estou flutuando pelos cômodos da minha casa, voando pelas nuvens arranhadas do Céu do Mar.
A tarde me despertando para agarrar a cabeleira & as barbas negras de Cristo.
E eu sossego neste Infinito nesta infinitude ou melhor numa plena miríade de bocas & bucetas.
Assim visto seu espartilho, minha Mãe!, uso seus óculos quadrados, meu Pai! – sem sapatos & meias – debalde me perco em familiares aldeias do Ser.
Por: Felipe Rey
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