quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rimbaud



Nos conhecemos por acaso, nem sei ao certo como ou onde foi. Corremos entre ruas molhadas com nossas roupas surradas e cabelos ensopados. Gritei - Me espere, Arthur. - E de presente ganhei algumas palavras dos jovens olhos-azuis-lanternas-da-noite, ofegantes palavras de desconfiança. - Não podemos ser vistos juntos neste beco escuro, não seria seguro. - Ele me falou. Tratei de tranquilizá-lo no próximo instante, com meu braço ao redor de seus ombros, - Acalme-se, poeta. Não tema aquele bêbado imundo. O que o louco do Verlaine deseja de ti, à mim não interessa nem um pouco.-




Por: Rimini Raskin

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