Houve um tempo em que nada era fantasia,
mas também realidade tão pouco era.
O mistério se revelava em cada centímetro de novo território.
Em cada ação uma aventura e em cada certeza uma nova dúvida.
As pessoas eram enormes,
como gigantes de palavras complicadas e gestos apressados.
E até mesmo o menor dos mundos nos parecia imenso, infinito.
Houve um tempo em que o queijo nascia em árvores,
acordar cedo não era problema e os heróis ainda usavam capas.
Falar sozinho não era loucura, criar amigos então, era saudável.
A noite caía e com ela os barulhos,
com os barulhos o medo e com o medo os abraços.
A cada aniversário um novo desafio para as mãos.
Pois a cada ano que passava, contar nos dedos mais difícil ficava.
Não importava o presente, mas tinha que ser colorido.
Ganhar roupa era chato, mas sorriamos para alegrar a vovó.
Um cachorro era um companheiro de aventura.
Se fosse magro ou gordo, preto ou branco, limpinho ou fedorento,
isso pouco importava, ele era o nosso amigão.
As velinhas sobre o bolo aumentavam,e com elas nosso fôlego.
Chegava a hora de ir para a escola, a tão sonhada escola.
Mas o que é isso? Minha mãe não vai ficar comigo?
Não era assim que eu imaginava, quero ir pra casa!!!
E a mãe com toda paciência nos observava da porta,
esperando nossa distração para ir embora.
Depois a escola se tornava parte de nós e a mãe já não precisava mais nos levar até lá.
Os amigos se multiplicavam e o mundo ficava cada vez maior.
Brincar, brincar e brincar.
Até mesmo o chocolate era mais doce.
E os remédios bem mais amargos.
Não consigo lembrar quando cruzei a fronteira.
Quando me despí da infância.
Mais cedo do que gostaria, disso eu lembro.
Mas como saber quando estamos prontos?
Quando é a hora certa?
Quanto mais penso a respeito,
mais me convenço que não importa a hora.
Sempre é cedo demais.
mas também realidade tão pouco era.
O mistério se revelava em cada centímetro de novo território.
Em cada ação uma aventura e em cada certeza uma nova dúvida.
As pessoas eram enormes,
como gigantes de palavras complicadas e gestos apressados.
E até mesmo o menor dos mundos nos parecia imenso, infinito.
Houve um tempo em que o queijo nascia em árvores,
acordar cedo não era problema e os heróis ainda usavam capas.
Falar sozinho não era loucura, criar amigos então, era saudável.
A noite caía e com ela os barulhos,
com os barulhos o medo e com o medo os abraços.
A cada aniversário um novo desafio para as mãos.
Pois a cada ano que passava, contar nos dedos mais difícil ficava.
Não importava o presente, mas tinha que ser colorido.
Ganhar roupa era chato, mas sorriamos para alegrar a vovó.
Um cachorro era um companheiro de aventura.
Se fosse magro ou gordo, preto ou branco, limpinho ou fedorento,
isso pouco importava, ele era o nosso amigão.
As velinhas sobre o bolo aumentavam,e com elas nosso fôlego.
Chegava a hora de ir para a escola, a tão sonhada escola.
Mas o que é isso? Minha mãe não vai ficar comigo?
Não era assim que eu imaginava, quero ir pra casa!!!
E a mãe com toda paciência nos observava da porta,
esperando nossa distração para ir embora.
Depois a escola se tornava parte de nós e a mãe já não precisava mais nos levar até lá.
Os amigos se multiplicavam e o mundo ficava cada vez maior.
Brincar, brincar e brincar.
Até mesmo o chocolate era mais doce.
E os remédios bem mais amargos.
Não consigo lembrar quando cruzei a fronteira.
Quando me despí da infância.
Mais cedo do que gostaria, disso eu lembro.
Mas como saber quando estamos prontos?
Quando é a hora certa?
Quanto mais penso a respeito,
mais me convenço que não importa a hora.
Sempre é cedo demais.
Por: Rimini Raskin
Meudeuzoooo!!!!!!!Que cuti-cuti ... baby GAP !!!!
ResponderExcluirAwwwww fotinhoooo ^^
Linha difícil essa de ultrapassar e acho que muito demorada de se recupar ... romper com ela é dolorido !!!!Principalmente , quando se sabe que é uma fase linda e bela !!!!
Difícil ...
Só estas palavras já foram o suficiente para me abalar de alguma forma.
ResponderExcluir"Houve um tempo em que nada era fantasia,
mas também realidade tão pouco era"
Houve um tempo...
E parece que a infância foi a mesma para todos. Como se fosse indiferente a criança ou seus pais. Como se a experiência fosse única, sendo a mesma que foi pra mim, a mesma que fora pra ti. Rsrs. Também não lembro quando cruzei a fronteira. Só lembro que quando cruzei já era tarde demais.
Ah se pudesse voltar!
Parabéns Yuri. Um dos textos mais lindos, simples e sinceros que você já fez. É tão bom que me transportei pra lá.
Abraço.
GORDÉNHO
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