sábado, 22 de agosto de 2009

P.oor K.id C.hocolate!


Já nem lembro quantas vezes fiz meu coração parar por ti.
É verdade.
Não consigo recordar por quantas vezes morri.

Me lembro da chuva.
Dessa lembro bem.
E das ruas e dos risos.
Lembro os muros com nossos nomes escritos também.

Lembro dos ônibus.
Das mordidas no ombro para abafar as risadas.
Do frio da manhã de geada.
E mais ainda do calor do teu corpo.

Das músicas as vezes lembro bem também.
Das tuas roupas coloridas.
Das brigas doloridas.
E principalmente da delícia do teu beijo.

Não me obrigue a esquecer.
Não roube de mim essa doçura.
Não me peça para fingir que não me lembro.
Porque nada dói mais do que andar por aí fingindo não ter vivido o que vivemos.

Por: Yuri Pospichil

Um comentário:

  1. Eu poderia tomar esse teu poema pra mim, pois ele me caberia como uma luva. Mas não o faço, porque por mais que ele seja parecido com palavras que guardo no peito, e com momentos similares, que levo na lembrança... Ainda assim, são tuas palavras e teu momentos. De qualquer forma, compreendo bem por eu passar pelo mesmo.

    A diferença é que meu egoísmo me levou a fingir esquecer o que vivi. Egoísmo porque dói menos pensar que nunca vivi, do que deixar a dor livre e de força intensa proporcional aos bons momentos que perdi... com o passar dos tempos.

    Se hoje me permito lembrar, é porque já posso suportar a nostalgia de existir. Acho que já não sou mais egoísta. Hoje já consigo sentir a dor proporcional aos bons momentos que tive. Pois é justo se permitir sentir o que, por direito, há de se sentir.

    Yuri. Que bom que você não tenta fingir como um dia eu tentei. Aprendi que viver mascarado não me fazia viver uma vida de verdades, mas de bailes de máscaras.

    E como eu sempre digo. A vida é o presente mais precioso.
    O tempo passa rápido. Que sejamos verdadeiros para conosco e para com nossas testemunhas. Senão, teremos vivido uma vida de mentiras. Em vão.

    Mais uma vez parabéns por expressar tão bem teus sentimentos.

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